Acesso à saúde: direitos e garantias para pacientes em dificuldades.

Neste artigo, abordamos os direitos e garantias dos pacientes para o acesso à saúde, tanto no SUS quanto nos planos de saúde. Explicamos como o sistema público deve garantir atendimento integral e gratuito. Além disso, discutimos a atuação da ANS nos planos de saúde, o impacto da judicialização da saúde e como buscar apoio jurídico para garantir o cumprimento desses direitos.

Giovanna Ackel

4/9/20252 min read

O direito à saúde é um dos pilares fundamentais da Constituição Federal de 1988, que estabelece que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado. No entanto, muitos pacientes enfrentam dificuldades para acessar tratamentos, medicamentos e procedimentos essenciais para sua qualidade de vida. Neste artigo, abordo as principais garantias legais que asseguram o acesso à saúde e o que pode ser feito diante de barreiras impostas pelo sistema público e privado.

O Direito à Saúde e o SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por garantir assistência integral e gratuita a toda a população brasileira. Isso inclui consultas, exames, cirurgias, internações e fornecimento de medicamentos essenciais. Quando há negativa de atendimento ou demora excessiva, o paciente pode recorrer à Defensoria Pública, ao Ministério Público ou ingressar com uma ação judicial para exigir seu direito.

Além disso, portadores de doenças raras ou crônicas têm direito a tratamentos específicos, muitas vezes não disponibilizados de imediato pelo SUS. Nesses casos, a via judicial pode ser um caminho eficaz para garantir o fornecimento de medicamentos de alto custo ou terapias especializadas.

Planos de Saúde: O Que Fazer em Caso de Negativa de Cobertura?

Para quem possui plano de saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabelece um rol mínimo de procedimentos que devem ser cobertos. No entanto, muitas operadoras negam exames e tratamentos sob alegação de que não fazem parte da cobertura contratual.

Se um procedimento prescrito por um médico for negado, o paciente deve solicitar a negativa por escrito e, se necessário, buscar ajuda jurídica para exigir o cumprimento do contrato. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já consolidou entendimento de que o rol da ANS é exemplificativo, ou seja, não exclui outros tratamentos quando há comprovação médica da necessidade.

A Judicialização da Saúde

Diante das dificuldades impostas tanto pelo sistema público quanto pelo privado, a judicialização da saúde tornou-se um recurso frequente para garantir direitos. Por meio de ações judiciais, pacientes podem obter acesso a tratamentos negados pelo SUS ou pelos planos de saúde.

Para ingressar com uma ação, é fundamental reunir documentos como laudos médicos, receitas, negativas formais de cobertura e provas da urgência do tratamento. O Poder Judiciário tem se mostrado sensível a esses casos, concedendo decisões favoráveis que garantem a assistência necessária.

Conclusão

O acesso à saúde é um direito fundamental, e todo paciente deve conhecer suas garantias para não ser prejudicado por negativas indevidas. Seja no SUS ou nos planos de saúde, existem mecanismos legais que asseguram a obtenção de tratamentos essenciais. Em casos de dificuldade, buscar orientação jurídica pode ser a chave para garantir que seus direitos sejam respeitados.

Se você está enfrentando problemas para obter atendimento médico ou acesso a tratamentos, não hesite em buscar ajuda especializada. A informação é o primeiro passo para garantir que a saúde de cada paciente seja tratada com a dignidade e a urgência que merece.